Alegria & Esperança
“O meu envolvimento com a prática educativa, sabidamente política, moral, gnosiológica, jamais deixou de ser feito com alegria, o que não significa dizer que tenha invariavelmente podido criá-la nos educandos. Mas, preocupado com ela, enquanto clima ou atmosfera do espaço pedagógico, nunca deixei de estar.
Há uma relação entre a alegria necessária à atividade educativa e a esperança. A esperança de que professor e alunos juntos podemos aprender, ensinar, inquietar-nos, produzir e juntos igualmente resistir aos obstáculos a nossa alegria.
Na verdade, do ponto de vista da natureza humana, a esperança não é algo que a ela se justaponha. A esperança faz parte da natureza humana. Seria uma contradição se, inacabado e consciente do inacabamento, primeiro o ser humano não se inscrevesse ou não se achasse pré-disposto a participar de um movimento constante de busca e, segundo, se buscasse sem esperança.
(…) Tenho o direito de ter raiva, de manifestá-la, de tê-la como motivação para minha briga tal qual tenho o direito de amar, de expressar meu amor ao mundo, de tê-lo como motivação de minha briga porque, histórico, vivo a história como tempo de possibilidade e não de determinação.”
[Paulo Freire, A Pedagogia da Autonomia, 2011]
Paulo Freire é um desses nomes que nao precisam de comentário.
Ao mesmo, tempo é impossível passar incólume à um texto dele.
Difícil nao sair mexido depois ler sobre a comunhao com a qual devemos ensinar e aprender; sobre a "boniteza"- como ele mesmo escreve – que circunda a educaçao.
Acho que um verbo em francês (Apprendre) é a essência do que Paulo Freire escreve. E nós, devemos ter traduzido errado.
O Pensar, é algo formidável, uma dádiva que nos foi dada por DEUS.
E através disso vem a ação.
Amor.
Mesmo com o passar do tempo podemos ter a certeza que muitos que estão a educar tem como prioridade esse pensamento.