CHUTEBOL & a Ética no esporte
“Segundo Ferreira (1986), ética significa o “estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto.” Dentro desta conceituação, quando Ferreira se refere a determinada sociedade, podemos direcioná-la para o caso específico do esporte, possibilitando-nos uma abordagem sob o aspecto ético.
Os sociólogos colocam a ética como um atributo indispensável à prática das atividades esportivas de forma limpa, honesta e bonita, chegando mesmo ao extremo de considerar que o esporte praticado sem os postulados da ética mais se parece com as manifestações “esportivas” da Roma antiga. Naturalmente que não chegamos a tanto, porém, dentro de uma ordem normal, a falta de ética na pratica esportiva representa um passo em direção ao delito, ou seja, a ocorrência da transgressão. Esta, à luz da sociologia traduz-se num misto de desvio, desobediência civil e crime, mas no meio esportivo primeiramente se constitui numa desobediência às regras, um desvio, para posteriormente ser enquadrada como desobediência civil e até crime, dependendo da sua gravidade. (…) Tubino (1992) (…) [definindo a ética no esporte]: “Ciência da conduta moral das pessoas nas práticas desportivas”.
Referenciado neste princípio ético do associacionismo surgiram os clubes e as federações nacionais e internacionais, que viriam a consolidar a institucionalização esportiva (…). O humanista Pierre de Coubertin viria a enriquecer a ética esportiva.
(…) A gentileza do atleta numa competição de esporte coletivo, como o futebol, o basquetebol, o handebol, ao estender a mão para auxiliar um adversário a se levantar (…), o cumprimento do vencedor ao vencido e vice-versa (…) situam-se como exemplos significativos da ética esportiva. Entretanto, a correção, a lealdade e a elegância do atleta (…) representam ações em que a ética está permanentemente presente no campo esportivo.”
(Adaptado de Análise de condutas éticas e anti-éticas na prática desportiva. José Maurício Capinussu, Revista da Educação Física número 128, 2004 – UFRJ)
Aquele abraço, saudações esportivas
Rapaz! Que golaço, heim! Podia ir para o bola cheia do Fantástico que ganhava tranquilamente.