Copa Futsal 2014: Resultados da 2a Rodada
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[O Japão se recuperou e goleou: 4×0] |
Agora, de verdade, o que mais importa pra nós é poder perceber evolução nos jogadores e nas equipes: posicionamento, alternativas de jogo, amadurecimento emocional. Às vezes podemos perceber maior evolução numa derrota do que numa vitória – isso em nada contradiz o desejo de vencer. O que tem saltado aos olhos é o equilíbrio do torneio este ano, e também de um nível mais alto do futsal apresentado pelos diversos times. Acredito que, por ser um evento que vem sendo realizado ano após ano, os jogadores e as agremiações vão se conhecendo, se aprimorando mais, treinando mais – e tudo isso resulta numa maior competitividade.
Uma dúvida comum dos pais é se ‘pode ficar gritando com o jogador?‘. O que costumamos apresentar aos alunos é que há lugares distintos no imaginário da competição: o pai vira ‘torcedor’; o professor vira ‘treinador’; o aluno vira ‘jogador’. A fantasia entra em cena. Assim, contanto que as partes possam dialogar e se expressar, sem no entanto perder de vista o lugar de cada um, a torcida é algo absolutamente natural e desejável numa partida! O aluno/jogador vai percebendo aos poucos a importância de se ater aos combinados da equipe, e isso inclui estar lá naquele caldeirão com uma arquibancada que quer ajudar, à sua maneira. Sem problemas.
Acredito que uma questão fundamental neste cenário complexo (uma simples partida de futebol!) diz respeito a como lidar com os erros. O jogador erra, o treinador erra, o árbitro erra, o torcedor… bem, este não erra – mas também não joga. Logo, para a molecada que está lá na quadra se esforçando, com o sangue quente, é fundamental não perder a espontaneidade. Procuramos estabelecer uma proposta de jogo em cima da qual cada um possa criar à sua maneira, mantendo uma ideia de conjunto. Para o fulano carregar a bola com liberdade e criar, sicrano deve estar na cobertura – e por aí vai. Neste engrenagem se forma uma equipe.
Para cada falha de algum de nós, o que se espera dos adultos é que sejamos isso: adultos. Para que o aluno/jogador em formação possa atravessar seus desafios minimizando o medo de errar. Poder jogar, errar, se refazer, acertar. O futebol é um esporte muito duro e particularmente cruel às vezes, mas a cada grito de gol são toneladas de alegria que compensam todo um esforço.
Obrigado pelo apoio das famílias e até a próxima rodada!
Ótima análise dos jogos. Abs
André Castro
Valeu!