Copinha 2017: Resultados da 3a Rodada

Por Rodrigo Tupinamba Carvao
em 01/11/2017 |
Categorias: Copinha

Prezados Torcedores Responsáveis,

Seguem, abaixo, os resultados e comentários desta eletrizante terceira rodada da Copinha 2017! A próxima rodada será nos dias 11 e 12 de novembro (a tabela já está no forno). No link abaixo, mais fotos no nosso álbum:

 

 

[A Argentina fez ótimo jogo]


Sub 12 – Argentina 4×1 Uruguai 
A Argentina voltou a apresentar bom padrão de jogo e um futsal consistente. Abriu um a zero no início da partida, mas em seguida levou o empate. Voltou a atacar o adversário, marcou outro gol e conseguiu fechar o primeiro tempo em vantagem, com boa distribuição de bola pelo meio da quadra. No início da segunda etapa, no entanto, o Uruguai congestionou nossa principal saída de bola e o jogo ficou perigoso pra nós. Pedimos tempo técnico, ajustamos o posicionamento e, nos minutos seguintes, a equipe retomou o controle da partida com dois gols e ótimo posicionamento em quadra! Está na liderança da categoria.

[Nos braços do povo!]

 

Sub 12 – Equador 1×1 Colômbia 

Seguramente no jogo mais emocionante da rodada, o Equador conquistou um ponto suado – e merecido! Enfrentando um time, como se diz, ‘encaixado’, que marcava individualmente nosso armador, a equipe saiu atrás no placar – mas não abdicou de buscar o gol. Todos os ingredientes de um grande jogo se apresentaram: levamos bolas na trave, perdemos duas oportunidades claras de marcar… Caminhávamos para o final, até que, em lance individual, Gustavo Portela (o Guga) protagonizou  jogada sensacional: driblou o fixo adversário em contra-ataque fulminante e acertou um balaço, estufando a rede do goleiro! O ginásio explodiu e ele foi lá, comemorar com a galeeera!! Prêmio por tanta garra e dedicação dos jogadores, que acreditaram até o apito final do juiz. Ainda tem duas partidas para buscar a classificação.

 

[A Suíça tentou, mas não encontrou seu melhor jogo]

Sub 10 – Suíça 1×2 Inglaterra
Esta partida nos deu a sensação de que não ‘encontramos’ o time. Foi uma partida com equilíbrio de ações do início ao fim, mas muito truncada – nunca sentimos que havíamos encontrado uma maneira de jogar, seja com a posse da bola ou em contra-ataques. Procuramos manter uma base, mas o rodízio de jogadores não funcionou bem; chegamos a abrir o placar, mas dentro de quadra não sentíamos a segurança necessária, em especial do lado esquerdo da defesa, que cedia espaços ao adversário. Passou a sensação de um time desentrosado, que poderia render mais. Ao final, com a dureza que o futebol impõe, levamos o empate e logo em seguida a virada no apagar das luzes, justamente pelo lado esquerdo da defesa – que tentamos a todo custo corrigir, em vão. De positivo, é necessário dizer, a Suíça não desistiu da partida e o suor estava estampado no rosto de cada jogador. Tem mais um jogo para encerrar a competição e vamos em busca da vitória!

 
[Polônia: aplicação e gols bonitos]

Sub 14 – Polonia 2×0 Nigéria

Um time inteligente e aplicado, com um jogador particularmente inspirado. Essa foi a Polônia, que enfrentou a habilidosa Nigéria. Soubemos compreender o que o jogo poderia nos oferecer, e passamos a apostar na possibilidade de contra-ataques, dado que o adversário usava em demasia as jogadas com o goleiro. Com humildade e aplicação, a Polônia esperou pacientemente a chance de tomar a bola no meio da quadra, e assim surgiu o primeiro gol – aliás, um golaaaço por cobertura, na saída do goleiro! Na segunda etapa, a partida continuou equilibrada, mas a equipe se apresentava entrosada, com movimentos coordenados sem a bola, nos passava segurança. Até que, em nova escapada, Bernardo Pessoa, o artilheiro dos gols bonitos, driblou dois jogadores, driblou até o goleiro, dispensou por um segundo a humildade e entrou com bola e tudo – a galera delirou, e teve comemoração especial! A Polônia tem mais duas partidas e vai em busca da classificação!
 
[Irlanda:  boa apresentação diante de adversário difícil]
Sub 8 – Irlanda 0x2 Gana
Jogamos contra um time muito forte, com jogadas ensaiadas e tudo o mais – algo muito raro nesta idade em torneios escolares. A Irlanda fez jogo duro, conseguiu marcar com consistência e muita firmeza, mas tivemos dificuldades em construir as jogadas. Acredito também que a equipe tenha sentido dificuldades por conta de um desfalque importante. A partida ainda estava empatada quando acertamos uma bola na trave. As ações continuavam com algum equilíbrio quando, numa jogada ensaiada de escanteio, levamos o gol. No final da partida nos lançamos de vez ao ataque e, num contra-golpe, levamos o segundo. Mas a Irlanda não jogou mal, em absoluto; fez apresentação condizente com suas possibilidades. Na pequena reunião que sempre fazemos com os jogadores ao final, dissemos: “O adversário tem um time superior ao nosso. É importante que vocês saibam disso. Mesmo assim nos portamos muito bem e tivemos inclusive a chance de abrir o placar e, quem sabe, vencer. Tudo isso faz parte do futebol e vocês jogaram muito bem”. Ainda temos dois jogos!
 
[Itália: juntos até o final]

Sub 10 – Itália 0x4 França
O futebol pode ser muito duro. A aprendizagem que tem se apresentado aos jogadores da Itália vai neste sentido. Procuramos montar uma equipe de força física, com bom poder de fogo nos chutes. Não é possível montar equipes com as mesmas características, então vamos imaginando diferentes recursos para cada time. Após a evolução vista na segunda rodada, acreditávamos em maiores chances de vitória para a Itália nesta partida. No entanto, ao levar um gol no início do jogo, em falha individual, a equipe naturalmente se abateu. Após alguns instantes procuramos nos reorganizar para oferecer perigo ao adversário, e quando acreditávamos que iríamos evoluir na partida… outro gol deles. No intervalo, nosso discurso insistente: “Não abandonem o jogo”. E assim fez a Itália: lutou, correu, defendeu-se como pôde. Buscou, na solidariedade entre os jogadores, a força para levar a partida até o final. Levou mais dois gols e suportou o drama que estava vivendo – perder três partidas seguidas é muito difícil! Ao final, o choro legítimo de quem queria  muito vencer. Temos ainda mais um jogo. E não vamos desistir de ganhar. Tamo junto!!

[Costa do Marfim: placar construído aos poucos]

Sub 14 Costa do Marfim 3×0 Austrália
A Costa do Marfim conseguiu controlar a partida do início ao fim. No primeiro tempo abriu um a zero, mas chegou a se acomodar. Veio o intervalo e fizemos uma mudança no posicionamento, além de exigir dos jogadores uma maior concentração, pois estávamos desperdiçando oportunidades para definir o placar. Assim, no segundo tempo, a equipe correspondeu apresentando bom futsal e a disposição necessária. Os gols foram saindo com naturalidade. Deve pegar um adversário mais bem colocado na tabela, então nada de relaxar! Vamos em busca da classificação!

[Entrou??]

Sub 10 – Espanha 1×4 Grécia
Após a vitória na última rodada, a Espanha saiu na frente com um gol aos 30 segundos de partida, mas não conseguiu manter-se à frente no placar. Sem conseguir sair jogando, teve muita dificuldade na transição da defesa para o ataque, que precisou se dar pelo lançamento do goleiro. Nosso lado direito foi muito bem fechado pela Grécia. Isso fez com que o adversário assumisse o comando do jogo, e o contra-ataque também não funcionou. Vamos tentar melhorar a saída de bola para o próxima jogo, para tentar vencer. Vamos lá!

[A Rússia não se intimidou]

Sub 14 – Rússia 0x2 Japão

A Russia enfrentou um dos times mais fortes da categoria sub-14 e conseguiu cumprir a proposta de jogo, mas acabou sucumbindo ao  poderio ofensivo do adversário. Com uma marcação dura e muito aplicada, manteve a concentração nos “90 minutos”, e se mostrou um time mais maduro do que na rodada anterior. Diante da qualidade técnica e do volume de jogo do Japão, a ideia era suportar a pressão e contra-atacar com velocidade, o beabá do futebol. Conseguimos endurecer a partida, tentamos encaixar contragolpes. Foi um time valente, como gostamos de dizer. Enxergamos evolução na equipe, mesmo com a derrota. Chega na última rodada com esperança de classificação e com o objetivo de melhorar sua performance na parte ofensiva! 

 

 
[EUA: Mudança de posicionamento e boa vitória]

Sub 12 – EUA 4×2 Chile
Os Estados Unidos conseguiram sua primeira vitória na competição! Após algumas mudanças no posicionamento, a equipe entrou com outra cara e portou-se muito bem! Os jogadores entenderam que, para ajudar o time, vale o sacrifício de ceder a posição preferida em prol do time. Todos se doaram muito nas novas funções. Abrimos três a zero, levamos um gol, mas retomamos o controle da partida e fechamos bem o placar. O sistema defensivo ainda precisa de alguns ajustes, mas a melhora do time foi percebida – e comemorada – pelos jogadores. Os EUA entram na última rodada com chances de classificação e a expectativa de um jogo ainda melhor!

[Falta e contorcionismo]

***
A Copinha 2017 vai se encaminhando para os finalmentes. A próxima rodada é decisiva, logo após vêm as finais. O coração vai bater ainda mais forte! 
 
Sinto, assim, a necessidade de fazer um pequeno comentário: é preciso confiar nas crianças. Nos jogadores. É preciso, mais do que nunca, confiar que elas irão suportar as piores falhas, os piores resultados. Nós, dentro da quadra, procuramos trabalhar neste sentido. Acolher, da maneira como entendemos, é deixar o jogo se desenrolar, cumprindo cada um sua função e, com o resultado, abraçá-los. Qualquer que seja ele, de alegria ou de tristeza.
 
De tal maneira que não é preciso ficar atrás do gol, como muitos papais tentam fazer, no afã de ajudar o filhote; nem é necessário disputar orientações com o treinador. Torcer, falar, gritar, dizer “marca!”, “avança!”, “atrás de você!”, “olha a área!” – tudo isso é natural e desejável, porque é espontâneo. E a criança sente isso como estímulo.
 
Ao contrário, posicionar-se atrás do gol, chamar pelo nome para dar instruções sobre o quê e como fazer, na verdade, atrapalha o jogador. É percebido com o seguinte sinal: “não estão confiando em mim”. A imensa maioria das crianças sente-se pressionada quando estas coisas acontecem, por melhor que seja a intenção dos papais-torcedores. 
 
A palavra ‘torcedor’, em inglês, é ‘support’. Sempre lembro disso. Apoiar: ‘dar suporte a’. Vamos suportar nossa própria angústia, para que eles possam crescer e se haver com a deles. No apito final do juiz, isso também está em jogo ali. Suportemos? Suportemos!
 

 

[Vai pra galeeeera!!]

***
Gostaria de agradecer, em nome da Equipe Chutebol e do Clube Militar, a elegância de nossa torcida. Muito obrigado! O carinho de vocês é muito importante pra nós. Até breve!
Aquele abraço, saudações esportivas

 

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2 Comments

  1. Mari novembro 8, 2017 at 11:56 am - Reply

    Rodrigo, que bacana!
    Tá sendo uma escola (aprendizado e prazer!) pra mim e pro Zé.

    Parabéns para vcs pelo lindo trabalho

  2. Simone novembro 8, 2017 at 11:57 am - Reply

    Vocês são professores muito bacanas!
    Fico feliz de ter ouvido de um amigo, pai de um menino que foi aluno de vocês. Ele me disse na época: vai lá, eles ensinam a ganhar e a perder, todos jogam juntos.

    Beijos e obrigada!
    Vamos Espanha!

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