Copinha 2019: Resultados das Finais
Por Rodrigo Tupinamba Carvao
em 03/12/2019 |
Categorias: Copinha do Mundo ● Educação ● Futebol ● Futsal ● Saúde
Prezados Torcedores Responsáveis,
Seguem, abaixo, os resultados, fotos e comentários das finais sensacionais dessa linda Copinha! Nosso álbum está completo, com fotos de Ilan Pellengerb em: Álbum da Copinha 2019
Sérvia 2×2 Argentina (sub-8) – Campeã por pontos corridos!!
Num jogo de arrebentar os corações, saímos perdendo em erro de passe pelo meio de quadra. Mas a Sérvia já havia passado por essa situação e a conversa de intervalo foi a de manter o plano de jogo, até porque em nossa avaliação estávamos melhores, comandando as ações. Foi assim que, em dois passes de escanteio treinados no dia a dia, João Menezes explodiu as redes para virar a partida na segunda etapa!
Mas a Argentina não se entregou e conseguiu empatar… Ainda assim, conseguimos manter um bom nível de atuação e, ao final, com o empate levantamos o caneco, invictos nos pontos corridos! Parabéns a esse timaço, amigo, solidário e que apresentou o melhor futsal da categoria! Ééé campeão!!
Semifinais
Itália 1×2 Nigéria (sub-10) – semifinal #1
Enfrentando o líder da competição, a Itália começou bem a partida, apresentando seu estilo leve e de passes rápidos. É um time muito homogêneo, a troca de peças funciona e assim íamos bem no jogo. Começamos, no entanto, a querer sair jogando em bolas nas quais estávamos desequilibrados – o que acabou ocasionando dois gols do adversário, que fazia ótima apresentação e criava chances. Foi preciso pedir tempo duas vezes para lembrar que, especialmente em jogos decisivos, é preciso ganhar divididas, saber a hora de sair jogando ou, ao contrário, de tirar o perigo.
Logo que levamos o segundo gol, na saída do meio, Luiz Felipe fez um golaço de antes do meio da quadra, incendiando o time e a galera e na sequência, em linda jogada, Antonio Werner serviu Vicente Zobaran que emendou de primeira e… o goleiro pegou! Fomos eliminados, mas com a consciência de ter apresentado futsal de bom nível e bom conjunto. Fica a lição: tem hora que é ‘bola pro mato’… Terminamos em 4o lugar entre 14 times! Valeu!
Egito 2×1 Austrália (sub-10) – semifinal #2
Nosso bravo time chegou às semis já tendo vivido diferentes experiencias, dessas de tirar o fôlego. Já havíamos começado um jogo perdendo, já haviamos conseguido virada, ganhamos um jogo com desempenho fantástico, outro nem tanto. Após aquecimento e aquele grito forte de ‘EGITOOO!’, com a vontade de quem quer muito ir pra final, entramos em quadra e… não conseguimos nos encontrar.
Quase na metade da primeira etapa, a Austrália abriu o placar. O treinador pediu tempo. Será que levar um gol era o que precisávamos para, literalmente, acordar?! As expressões eram outras, o pique era outro, o olho era na bola. Era se arriscar, tudo ou nada. E foi tudo! Em três minutos, empatamos. E viramos no lance seguinte! João Victor era o nome da emoção, numa virada fulminante, es-pe-ta-cu-lar! Final de jogo, jogadores exaustos desabando na quadra após o apito. Agora sim, estávamos na final!
Suíça 1×1 Camarões (3×1 nos pênaltis) – sub-14, semifinal #1
Num jogaço digno de uma semifinal, Camarões abriu o placar com belo chute de fora da àrea. Tínhamos mais a bola, mas o jogo era equilibrado. Perdendo por um gol, só nos restou partir para o ataque, mais incisivos. Conseguimos o gol de empate em chute de João Naliato, o jogo ficou aberto com bolas na trave e chances para ambos os lados – mas ao fim do tempo regulamentar a decisão foi feita nos pênaltis… Aquela expectativa, mas a Suíça converteu suas cobranças e nosso goleirão, Antonio Lacombe, pegou logo a primeira cobrança adversária – nos colocando na final da Copinha após a segunda cobrança de nossa seleção!
Grécia 5×2 Polônia – sub-14, semifinal #2
A seleção grega entrou em quadra contra o técnico time da Polônia. As equipes já haviam se enfrentado na fase de grupos e, naquela ocasião, terminou empatado. Saímos atrás do placar mas, com calma e contando com a inspiração da experiente dupla Gabriel Arcalji e Pedro Pereira, pouco a pouco conseguimos impor nosso jogo. Chegamos ao empate e abrimos 3×1 no marcador. Quando tudo parecia mais calmo e definido para nossa equipe, levamos um susto. A Polônia, com um gol de falta, voltou para o jogo. Já no final, quando o adversário tentava a todo custo o empate, conseguimos fazer dois gols em contra-ataques e demos números finais à partida. Classificação garantida para a final contra a Suíça, nossos amigos de clube – uma final em casa!
Finais
Egito 1×1 Nigéria (3×1 nos pênaltis) – Campeão (sub-10)!!
Na final enfrentamos a fortíssima Nigéria, o time a ser batido – habilidoso, bem treinado, que abusava da movimentação e troca de posições dos jogadores. Saímos atrás no placar outra vez. O jogo se desenhava do mesmo jeito da semifinal. Erros técnicos, jogadas apressadas. Time que está ganhando não se mexe, mas perdendo na final, se mexe sim, e muito. O time é bravo, buscava alternativas. A torcida, os treinadores e os jogadores, principalmente, sabiam disso.
Fomos pra cima, era pra arriscar – de novo. Tudo ou nada e… foi tudo, de novo! Faltando dois minutos para acabar a finalíssima, Daniel Baptista puxou contra-ataque veloz e serviu Caio Lacativa, que com um balaço, no ângulo, empatou a partida! Partimos em busca da vitória, mas já não havia tempo. Os pênaltis definiriam o campeão.
Os jogadores puderam lembrar de tudo o que haviam vivido até ali; lembraram do desempenho do goleiro Dudu (que pegou muito nas finais!) nas brincadeiras de final de treino; lembraram que era tudo ou nada! Chamaram a responsabilidade, pediram para bater. Era ‘só’ fazer! Era ‘só’ ganhar! De simples não tinha nada, mas nos impressionou a naturalidade com que o time encarou essa decisão por penalidades.
Feito! Ganho! Egito campeããão!!
Suíça 4×1 Grécia – Campeã e Vice-Campeã (sub-14)!
Tentamos desde a preleção lembrar que, ainda que amigos, era um jogo decisivo e a gana de vencer não deveria esfriar por conta disso. A Grécia foi à quadra com marcação pressão, característica da equipe ao longo do torneio, mas não alcançou a mesma intensidade. Sentiu um desfalque importante e passou aperto nos primeiros minutos de jogo. A Suíça, ao contrário, fazia excelente partida, com volume e fluidez nas jogadas. Em lance de lateral revertida, a defesa grega parou para reclamar com o àrbitro, a Suíça bateu rápido e abriu o marcador. Com imposição técnica clara nesse momento, se aproveitou e ampliou o marcador na sequência, fechando a primeira etapa com três gols para surpresa geral (incomum numa finalíssima) – mas com todo mérito.
No primeiro minuto do segundo tempo, a Grécia marcou com Gabriel Arcalji e passou a impressão da reação. A Suíça, no entanto, madura, soube conter o ímpeto rival e retomou o controle da partida, com ótima atuação coletiva, comandados por João Naliato e pelo capitão Rafael Protásio. Ao final, mais um gol e números finais! Suíça campeã com caneco de estreia do professor Gus! – e Grécia vice-campeã da Copinha 2019!
***
Não é por acaso. O futebol mobiliza as pessoas, mobiliza crianças e adolescentes, dentre tantos motivos, pelo fato de ser um simulacro, uma representação de vida. Real, ali, onde cada um precisa encontrar suas soluções, individuais e coletivas: a hora de pedir ajuda, a hora de assumir responsabilidades, mover-se no imprevisível.
No mundo atual – ao menos no Brasil – os espaços que possibilitam essa meninada ser espontânea e viver dificuldades reais, que os mobilize de tal maneira afetiva, corporal, diria espiritual, são escassos. Faz falta o jogo de rua, num ambiente seguro, mas ainda assim imprevisível, onde é preciso se virar.
Pois, na quadra, vimos isso acontecer. Em todas as equipes, perdendo, ganhando, o que é preciso fazer, como temos insistido em nossas campanhas, é isso: vamos proporcionar um ambiente seguro e… deixar o jogo rolar, pois com alguma ajuda, eles se viram. Até desmontar de alegria!
É preciso confiar nas crianças.
Agradecemos muito, por mais essa Copinha, por tanta torcida, carinho e manifestações de apoio!
Aquele abraço, saudações esportivas e até a próxima!
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