Crianças & Professores 2024
Celebrados recentemente – e sempre próximos! – o dia das crianças e dos professores merece, há tempos, uma pequena reflexão em nossa página.
Ensinar e aprender, atribuições de uns e de outros, é um processo complexo que envolve aparente simplicidade (“um fala, outro escuta”) – mas não funciona bem assim.
Aprender, de fato, evoca a necessidade em ser tocado afetivamente. Por gosto, ou mesmo necessidade. Por atrair-se por um assunto, por alguém ou alguma coisa. Não se aprende sem algum tipo de envolvimento com o objeto de aprendizagem e, quando aqui uso o termo ‘afeto’, não quer dizer algo necessariamente bom.
Aprendemos na alegria e na tristeza. Até mesmo, com raiva.
Tanto melhor, naturalmente, quando tal envolvimento afetivo conjuga um componente amoroso, nos quais se percebe – um aluno, uma criança – recebendo algo, mas também dando. Contribuindo com seu olhar, escuta, ação, no processo de aprendizagem. É quando a gente sente que aquilo também nos pertence ou nos diz respeito – e aí nos apropriamos.
A tarefa do professor passa, assim, também por uma percepção afetiva de seus alunos, individual e coletivamente. Quem reage melhor a qual e tal estímulo; a um carinho ou a uma bronca; um limite ou um incentivo; um olhar específico, ou um olhar mais leve.
Estou tentando dizer que, por debaixo daquilo que se vê, das informações, digamos, mais racionais e dos processos lógicos a serem cumpridos, existe um mundo que precisa ser atingido. É assim com todos nós.
Neste sentido, educar, ser professor, é buscar um contato afetivo com as crianças. Insisto: contato afetivo não é algo necessariamente agradável.
Muitas vezes, aliás, é preciso passar por emoções incômodas, angústias, medos – para que se atinja um desejado componente amoroso na relação de ensino e aprendizagem.
Num mundo ávido por respostas rápidas; louco por síndromes e distúrbios a identificar personalidades; que atropela processos em busca de resultados, tal é a caminhada em busca deste encontro, o encontro amoroso que nos marca afetivamente e que libera corações e mentes para ensinar e aprender.
Deste ponto de vista, educar é algo, talvez, poético.
***
Nosso agradecimento aos professores e professoras de todo o país, e nosso amor mais profundo pela infância, deixamos registrado aqui.
Aquele abraço, saudações esportivas
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Nossa! Que lindo, Rodrigo! Acho que foi seu texto mais poético!