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Expressar-se

Especialistas que se debruçam sobre o tema da infância têm chamado a atenção, constantemente, para o fato de que uma das dificuldades da criança na sociedade contemporânea é expressar-se. Ela é receptora de excessivas informações e tarefas diárias, mas suas possibilidades de expressão autêntica são reduzidas. Assim, expressa-se muitas vezes desorganizadamente, seja por sintomas de dificuldade na escola, ou nas relações familiares.

O adulto frequentemente se engana, ao confundir ‘crianças-tiranas’ com expressão organizada de seu mundo interno. Liberdade de expressão inclui limites. A expressão com qualidade é o que se busca. Lapierre e Aucouturier nos esclarecem um pouco esta questão:

[Alguém se expressando… clique na foto e veja!]

“O desejo profundo da criança é ser dona de seus atos, verdadeiramente livre, ou seja, não julgada e não submetida afetivamente ao desejo do adulto. Vastos campos de atividade devem ser deixados para que ela aí se exprima com toda liberdade, sem coação ‘educativa’.

O papel do educador é de propor objetos, materiais, sons, temas (…), deixar as crianças explorarem sozinhas todos esses elementos… e saber esperar que, nas suas buscas, elas tenham necessidade dele. Não são as crianças que estão à disposição do educador, mas o contrário.

É somente nessas condições que a expressão se torna autêntica, livre, espontânea, sincrética; e que as atitudes de fuga, inibição ou oposição desaparecem. É somente nessas condições que a criança, podendo assumir seu desejo, trabalha com prazer, dinamismo e alegria… sem saber que ela ‘trabalha’!”

[Adaptado de Lapierre & Aucouturier, ‘A Simbologia do Movimento,’ 1986]

Aquele abraço, saudações esportivas

This Post Has 3 Comments

  1. Fala professor, maravilhosa reflexão.
    Sempre fico ligado nos textos e vídeos postados e fico feliz de saber que estou indo por um caminho legal na educação da minha Alice, já que intuitivamente, nossa proposta de criação e educação caminham lado a lado com as idéias abordadas no material do seu blog.

    Forte abraço.
    Felipe wainer

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