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Feliz 2019!

Temos feito no clube, como de hábito nas semanas de férias escolares, um convite aos papais e mamães para que venham jogar bola junto com seus rebentos. A meninada a-do-ra (eles piram, na verdade)!

Um menino perguntava ao pai, avidamente, se ele tinha gostado (queria ter certeza de que seria possível repetir a experiência); outro susurrou, quase em tom de confissão, que contava os dias para chegar esse momento do ano; outro papai, ainda, disse que ele mesmo contava os dias.

No lugar de uma quadra vazia, justamente por conta das férias, temos tido é casa cheia e família em peso.

Preciso dizer, ainda assim, que muitas crianças e adolescentes com os quais convivo têm demonstrado um intenso sentimento de solidão. Isso se manifesta de maneiras diversas: seja o menino anedótico enfurnado nos games, seja o isolado do grupo, ou aquele ou aquela que finge não se importar com nada ao redor. Indiferente.

Indiferentes.

Manifestar indiferença é um recurso quando já não há mais o que dizer, fazer ou demonstrar. É quando as tentativas da criança em busca do olhar e da companhia do adulto já se esgotaram. Forçoso dizer que elas podem, finalmente, devolver aquilo que receberam.

É o caso, por exemplo, de muitos dos casos de indisciplina que exasperam famílias e escolas. Numa projeção infantil, inconsciente, fica o mandamento: “por que preciso te atender, se você nunca me atende?” Isso costuma acontecer quando a criança ou o adolescente já desistiu do adulto cuidador. Atender, nesse caso, é sinônimo de amar.

Que é o que o Chutebol deseja a todos em 2019: que possamos ficar mais perto uns dos outros. Freud dizia que o contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença.

Que nos importemos!

Aquele abraço, saudações esportivas e Boas Festas!!

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