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Finais da Copa Futsal 2014: Tricampeão!

Prezados Torcedores Responsáveis,
Nas finais da Copa do Mundo de Futsal 2014 os grandes vencedores foram as crianças e adolescentes, que puderam desfrutar de um ambiente mais apropriado para jogar, para competir – e retribuíram com partidas de altíssima qualidade. Quem foi pode confirmar! O Chutebol levou para a Copinha a campanha ‘Adversário não é inimigo!‘, que deu o tom das partidas decisivas. A arquibancada entendeu o recado e aplaudiu a união dos craques antes de cada jogo: basta de estupidez no esporte! E foi assim que vivemos um dia emocionante! Logo abaixo os resultados e os comentários das decisões:
[Chutebol e Hípica unidos antes da partida]
Categoria Sub-10:
Suíça 0x4 Portugal [semifinal 1]
Itália 2×1 Bósnia [semifinal 2]
Itália 2×2 Portugal [Final – Portugal 3×2 nos pênaltis]
Itália Vice-Campeã!
Categoria Sub-12:
Austrália 1×0 EUA [semifinal]
Austrália 2×1 Argentina [Final]  
Austrália Campeã!
Categoria Sub-14:
Japão 0x1 Irã [semifinal]
*Comentários:
O dia começou com a Austrália passando pela equipe dos EUA. Apesar do placar apertado, a equipe comandada pelo treinador Tiago Rigaud controlou bem a partida, oferecendo poucas chances ao adversário. Na final foi enfrentar a ótima Argentina, do craque Felipe Menezes (que havia aplicado mais uma sonora goleada na também ótima equipe do México, comandada por Renato Paiva – Clube Paissandu). Muito aplicada taticamente e com marcação cerrada sobre o craque, a Austrália equilibrou a partida e o jogo ficou 1 a 1. Até que o goleirão João Belfort pegou uma bola espirrada para seu campo e corajosamente, do meio da rua, arriscou o chute: saiu um foguete que estufou as redes da Argentina! Gol de goleiro e do título, já que a Austrália conseguiu segurar a pressão adversária até o final! Festa do Chutebol, que abocanhou um caneco pelo terceiro ano consecutivo na competição!
[Austrália: Campeã inquestionável!]
Logo em seguida a equipe do Japão foi disputar a semifinal da categoria sub-14. Fez uma partida que começou equilibrada e levou um gol bobo. A partir daí começou uma pressão tremenda pra cima do Irã, time comandado pelo treinador Alex Dardengo. O Irã se defendeu com bravura, e o Japão chutou a gol mais de uma dezena de vezes, algumas com muito perigo. No fim, acabou perdendo a partida e a classificação. Mas a verdade é que a equipe jogou desfalcada mais uma vez, o que foi uma constante ao longo do torneio. Além disso, outra verdade seja dita: não parecia uma equipe aplicada como as demais em nossos treinamentos, com muitas faltas dos jogadores – o que acabou por se refletir no momento decisivo. Uma equipe talentosa que podia ter ido mais longe, e isso foi conversado com os jogadores. Que fique o aprendizado. Valeu pelo espírito esportivo.
[Japão e Irã confraternizando antes da partida]
E chegamos então às finais da categoria sub-10. A Suíça partiu para enfrentar a fortíssima equipe de Portugal, favorita desta Copinha. Quem olhar friamente o placar vai pensar que o jogo foi uma moleza pra eles, mas nada disso: nossa equipe portou-se muito bem em quadra, com valentia! Marcou em cima, endureceu a partida, jogou com inteligência reduzindo os espaços. Terminou o primeiro tempo perdendo por 1 a 0 e o plano era conseguir um contra-ataque para empatar. Acontece que, no início do segundo tempo fizemos as substituições combinadas – e nos demos mal… o time se desorganizou, levou três gols e só aí ‘entrou’ de novo no jogo. Quando conseguimos estancar a sangria de gols já era tarde. Mas nada de abatimento: a Suíça foi, ao longo de toda a Copinha, uma equipe organizada e solidária, comandada especialmente por Diogo Mattos atrás e Leonardo Zagury lá na frente. Foi a única derrota em toda a competição. Palmas para todos eles – vamos ficar com esses sorrisos de recordação!
[Suíça: solidariedade e alegria em quadra]
Mas até aí, até aí (repito), nosso combalido coração estava aguentando as coisas, as vitórias e as derrotas como devem ser. Até que a Itália entrou em quadra. E aí foi demais pra nós. Senão vejamos: jogaram a semifinal e venceram a Bósnia (do treinador Helvécio Penna) com autoridade por 2×1. Digo, controlaram a partida, não passaram sufoco, podiam até ter feito mais gols. Parecia que estavam se guardando para o grande confronto final. E não deu outra. A final desta categoria, entre Itália e Portugal, já está marcada como um dos maiores jogos da História da nossa querida Copinha.
O futebol ensina demais. Vargas Llosa gosta de lembrar que é a melhor metáfora da vida. E, para além das estratégias, da tática e do palavrório dos treinadores, o que foi pedido aos jogadores foi uma coisa só: coragem. Uma final se joga com coragem. E a Itália assim o fez – à risca! Logo no início da partida um susto no poderoso rival: nosso xerifão Bernardo Pimentel invadiu a área, driblou o marcador e bateu no cantinho: 1 a 0 pra nós e explosão do ginásio, que a esta altura estava lotado e totalmente imerso nas emoções da decisão. O jogo era lá e cá, franco, com belas jogadas e chances para os dois lados – até que, com dois chutaços de meia distância (um no final do primeiro tempo, outro no início do segundo), Portugal virou o jogo. A equipe comandada pelo treinador Gustavo Lima possui artilharia pesada e farto repertório de jogadas. Um baita time!
Só que… a gente joga até o final. E aí foi isso: o coração na ponta da chuteira e a garra inequívoca dos grandes times. A Itália jogou tudo, com o coração, até o final – e foi premiada! O jogo se encaminhava para a vitória de Portugal quando, após mais uma arrancada de Davi Mesquita, eis que surge, entrando em diagonal como um raio na segunda trave, Bernardo Pessoa – e daí para as redes!! O ginásio veio abaixo! Êxtase total, uma dessas catarses futebolísticas! Faltavam 10 segundos para o fim da partida. A torcida enlouqueceu, os jogadores se abraçavam, o juiz encerrou o jogo. Confesso que ali, marejei. Mas tinha mais: precisávamos encarar as penalidades máximas.
E o futebol pode ser tão belo quanto cruel. De onde reunir forças após um clímax destes? Pois bem, lá fomos nós. O adversário converteu suas duas primeiras cobranças. Nós, também, sendo a primeira com o capitão Rafinha (que fez mais uma Copa do Mundo impecável). Daí eles marcaram o terceiro gol – nosso arrojado goleiro Antonio Lacombe fez o que pôde. E chegou a vez do artilheiro Davi. Como dizia Nelson Rodrigues, no segundo que durou sua arrancada para o chute fez-se um silêncio ensurdecedor. Expectativa pura. Davi bateu. A bola, caprichosa, subiu até bater no travessão, desceu e quicou na linha – e não entrou. Portugal venceu.
[Itália: Vice-Campeã com talento e coração]
 A Itália perdeu. Perdeu? Com a bola rolando, esse time não foi derrotado uma única vez no campeonato inteiro. Perdeu uma penalidade fortuita, que poderia ter entrado com um sopro qualquer. Não, meus caros: o sentimento não foi esse. O choro do craque Davi foi abraçado por todos. O clima no ginásio era um misto de comoção, amizade e alegria dos vencedores. Uma pitada de tristeza, mas não uma tristeza ressentida, raivosa ou abandonada. Uma tristeza de emoção genuína, que pode ser encarada, daqueles que se sentem com o dever cumprido e que, por um golpe caprichoso do destino, precisaram elegantemente dar a vez no degrau mais alto do pódio. Mas não tem nada não porque, aqui no Chutebol, a gente valoriza Vice-Campeonato sim!
Sem desespero. Quem ganha sorri e quem perde, se quiser, chora. Mas o maior ganho dessa molecada é poder encarar as dores e as delícias do esporte com um estofo emocional cada vez melhor, fazendo amigos, podendo reconhecer os méritos do adversário e alternar entre a brincadeira e a competição nestas andanças.
Obrigado às famílias pelo apoio de sempre e pela colaboração na campanha ‘Adversário não é inimigo!‘. No mais, é como a gente costuma dizer: Copinha é que nem Natal, tem todo ano! Até 2015!
Aquele abraço, saudações esportivas

This Post Has 13 Comments

  1. Aproveitamos para agradecer sua dedicação de sempre e desejar um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações
    Obrigada
    Abraços
    Maria Alice e Marcus

  2. Rodrigo, parabens pelo seu esforço, pela técnica, pelo ensino da ética, parabéns por seu trabalho!!!
    Que venham outras e outras partidas e mts aprendizados.

    Parabens para td sua equipe!!!
    Abc e sucesso sempre.
    Leana e Pedro Manhaes

  3. Parabéns a vocês que preparam esses meninos tão bem e cheios de prazer !
    Muito bom fazer parte desse 'circuito do bem' !

    E que venha mais em 2015 !

    Abraços

  4. Jogo emocionante !!!! Parabéns time da Itália , time de guerreiros !!! Dale Bê , foi demais o gol faltando segundos pra acabar o segundo tempo !!

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