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Piaget no Chutebol

Caríssimos,

O grande Jean Piaget, usado e abusado nos campos de conhecimento relativos à educação, comparece ao blog Chutebol para endossar a nossa teoria e prática do ‘Tempo Livre’. Piaget os denominou ‘Métodos Ativos‘, relacionados à espontaneidade da criança como elemento fundamental das diversas aprendizagens. 
Mas isso não quer dizer, em absoluto, abrir mão do papel do professor, seja como assegurador da autoridade/referência; seja como animador, ou mediador de problemas. O que se espera é possibilitar à criança uma postura ativa diante das diversas situações, neste ou naquele campo de conhecimento – e por que não, acrescento eu, na vida?!
[Sobre as condições e possibilidades da educação]: 
“A primeira dessas condições é naturalmente o recurso aos métodos ativos, conferindo-se especial relevo à pesquisa espontânea da criança ou do adolescente, e exigindo-se que toda verdade a ser adquirida seja reinventada pelo aluno, ou pelo menos reconstruída, e não simplesmente transmitida.

Os métodos do futuro deverão conferir uma parte cada vez maior à atividade e às tentativas dos alunos, assim como à espontaneidade das pesquisas na manipulação de dispositivos destinados a provar ou invalidar as hipóteses que puderem formular por si mesmos para a explicação de tal ou tal fenômeno.

Ora, frequentes mal-entendidos reduzem bastante o valor das experiências realizadas até agora neste sentido. O primeiro é o receio (e, para alguns, a esperança) de que se anule o papel do mestre em tais experiências, e que, visando ao pleno êxito das mesmas, seja necessário deixar os alunos totalmente livres para trabalhar ou brincar segundo melhor lhes aprouver. Mas é evidente que o educador continua indispensável (…), para criar situações e armar os dispositivos iniciais capazes de suscitar problemas úteis à criança (…).

(…) Em resumo, o princípio fundamental dos métodos ativos (…) assim pode ser expresso: compreender é inventar, ou reconstruir através da invenção, e será preciso curvar-se ante tais necessidades se o que se pretende, para o futuro, é moldar indivíduos capazes de produzir ou de criar, e não apenas repetir.”
[Adaptado de ‘Para onde vai a educação?’, Jean Piaget, 1972]

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