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Registro: Finais da Copa Futsal 2013 (Bravura!)

Caríssimos,
As Finais da Copa do Mundo de Futsal 2013 levantaram a galera e exigiram muuuito do coração da torcida – e dos nossos craques, é claro! Haja garra, determinação, suor e talento, porque este ano de 2013 nos trouxe muito orgulho de nossas equipes – mais do que chegar a todas as finais, o que se viu foi uma autêntica demonstração de bravura de nossos jogadores. Não essa bravura enganada e narcisista de muitos atualmente (que confundem-na com pancadaria); mas a bravura genuína, daqueles que jogam com o coração.
[Suécia e Paraguai: Campeã e Vice!]
Seguem abaixo os resultados do Chutebol no último domingo, 01 de Dezembro:

Semifinais:

Paraguai 6 x 1 México (sub-10)
Suécia 3 x 1 Argentina (sub-10)
Inglaterra 4 x 2 Espanha (sub-12)
Japão 4 x 2 África do Sul (sub-14)

Finais:

Suécia (Campeã)  2 x 1 Paraguai (Vice-Campeão)
Inglaterra (Vice-Campeã) 1 x 2 França (Campeã)
Japão (Vice-Campeão) 1 x 1 Arábia S. (Campeã) 
[Nos pênaltis: 1 x 2]

Comentários
O futebol não é justo. Nem deve ser. Vargas Llosa disse uma vez que “o futebol é o ideal de uma sociedade perfeita: poucas regras claras, simples, que garantem a liberdade e a igualdade dentro do campo, com a garantia do espaço para a competência individual”. Tomei essa frase como referência, porque pecebi uma coisa: era uma ótima descrição – e em nada apontava para algo como justiça. Aponta para a liberdade, a lei, e o mérito. Diante de tudo isso, o acaso se impõe.

[Inglaterra: Vice-Campeã com orgulho]

Muito bem, mas por que este intróito? Porque o que se viu no último domingo foi, a meu ver, a prova mais cabal de que o Futsal, primo pobre do futebol, expressa igualmente toda a complexidade da vida como ela é, com seus méritos, acasos, justiças e ‘injustiças’. Explico.

A equipe do Paraguai fez talvez a Copa do Mundo mais brilhante de alguma equipe nossa, em todos estes anos. Os torcedores iam aos jogos na certeza de assistir a uma grande exibição – e foram premiados com uma semifinal acachapante: 6×1, em cima da ótima equipe do México. Um apresentação simplesmente arrebatadora. E a Suécia, que chegou às semis de maneira irregular, simplesmente se agigantou na decisão: venceu a favorita Argentina e, contra o Paraguai, simplesmente mostou-se compacta, aguerrida, com um poder de decisão fatal – que os jogadores adversários talvez não esperassem. Noves fora, a dificuldade de enfrentar amigos de treino – já que as duas equipes são do Clube Militar. A Suécia chegou, e venceu, com toda a justiça. A sensação de ‘injustiça’ que coube ao Paraguai, a ideia de que ‘puxa, era pra ser nosso, fizemos tudo tão bem…’ – é própria do inesperado. Futebol é duro

[Japão: Vice-Campeão com valentia e muita bola!]

E o que dizer da Inglaterra, ao pegar a implacável Espanha que, na fase de grupos, nos havia surrado com impiedosos 6×1? A equipe se agigantou, entrou em quadra com a proposta de ‘jogar sem a bola’, como combinamos. A Espanha acusou o golpe quando, cansada, não conseguia se impôr – e perdeu algo que jamais se pode perder no esporte: a confiança. E, como Davi batendo a um Golias (lugar comum, mas inevitável comparação, me perdoem), matamos a partida em inquestionáveis 4×2. O Ginásio foi abaixo, posso garantir. Uma façanha histórica para os nossos jogadores. Na final, talvez a sensação de dever cumprido tenha pesado – mas não esqueçamos que a campeã, a França, é um baita time e perdemos por placar apertado: 2×1 pra eles.

[África do Sul; 3o Lugar mais do que honroso]

E, para acabar de vez com nossos já cambaleantes corações, mais uma semi caseira: Japão e África do Sul se enfrentaram para ir à final. Um ótimo jogo, que ficou empatado em 2×2 até ser definido em detalhes. Detalhes? Chegar 1 segundo atrasado numa bola; um chute forte que não podia ser permitido. Dureza. A África do Sul tinha todas as condições de disputar a decisão, mas não foi. E tinha mais: na final, o Japão pegou a poderosa Arábia, e fez também uma partida memorável: saiu perdendo, reergueu-se, pressionou o tempo inteiro, e foi premiada com um gol no final; teve ainda mais chances de virar, e a equipe adversária não havia passado, durante toda a competição, pelo pesadelo de ser pressionada sem dó e quase perder. Mas fomos para os pênaltis. E perdemos. Nos pênaltis. ‘Injustiça’? Não creio.

[Suécia: Incontestável Campeã!!]

Não creio em nada disso. Creio de verdade é em valorizar nossos pequenos heróis, heróis do cotidiano; crianças e adolescentes que brincam, se divertem, podem soltar suas feras no campo de jogo, lugar mais apropriado impossível para acolher frustrações, agressividades, raiva, afetos e angústias generalizadas – como representação. O campo do simbólico. Da vida, do algo maior que todos tentamos representar, o irrepresentável daquilo que se sente.

Nesta ótima Copa do Mundo de 2013, talvez a melhor e mais emocionante que já presenciamos, o Chutebol agradece o carinho, o suor, as lágrimas e – como não? – os sorrisos!!

Aquele abraço, saudações esportivas e até a próxima!

This Post Has 23 Comments

  1. Rodrigo,

    Adoramos seus textos e sua motivação!
    Parabéns pelo profissional que você é!!
    Temos orgulho de o Luca fazer parte dessa equipe nota 1.000!!!
    E viva o Chutebol!!!

    Bjs & bom fim de semana,

    Mirian&Luca

  2. Parabéns, Rodrigo. O resultado alcançado tem a ver com seu trabalho que é muito sério. Vc tem o perfil do profissional competente, sério e ao mesmo tempo carinhoso com seus alunos. Tudo isso somado ao Tiago que possui o mesmo perfil.. Feliz Natal para vcs. Curtam suas férias. Beijão Tania avó do Vitor e do Enzo

  3. Oi João e Ricardo,

    Acho muito importante a percepção para além dos resultados, porque no fim das contas não somos um 'time grande' que precisa de títulos para sobreviver. Aliás, quando comecei o Chutebol eu estava vindo de um grande clube, e quis fazer exatamente o oposto do que eu via lá. Por isso, sempre precisei, de verdade, de um público que pudesse compreender e sustentar a proposta. Então, obrigado a vocês, também!
    Grande abraço

  4. Rodrigo,

    Parabéns por mais este ano de trabalho com o astral lá no alto! Obrigado por ensinar muita coisa também para nós, pais. Boas Festas e até ano que vem!

    Abrcs!

    J Barone

  5. Rodrigo,

    acho que depois de todos estes anos posso falar por uma maioria de pais que acreditam que o resultado do trabalho está muito além do campo e dos gols. É claro que eles são importantes. Mais importantes são os laços que as crianças criam entre elas e para a vida. Você e Tiago são parte disso. Acho que o excelente resultado deste ano traz junto muito dessa junção de confiança e trabalho. Parabéns!

  6. O Antonio não fica muito chateado. Ele se diverte bastante nos torneios. Acho que o time do Antonio era melhor mas não encaixou o jogo na ultima partida. Ainda tomaram um gol bobo, e aí ficou difícil reverter.

    Abs

  7. Fala Rodrigo…mais uma etapa no aprendizado do Lucas. Acho que o futebol é o unico esporte que pode proporcionar isso…não adianta ser o melhor time, tem que correr mais, jogar mais, ter mais coração, etc etc.

    Ele saiu bastante chateado com ele mesmo mas depois conversando com ele mostrei que ele fez um belo campeonato…importante foi o trabalho recompensado por todo o grupo, ou seja, os dois times!

    Valeu…parabéns a vce e Thiago….vendo de fora dá para ver a evolução nos meninos.

    Abraços,

  8. Rodrigo,

    parabéns pelo desempenho das equipes hoje! Nem sempre se ganha tudo, mas todos se portaram com bravura.

    O jogo do Sub-12 contra a Espanha foi histórico!

    abs

    Ricardo.

  9. Oi Rodrigo

    Tudo bem ?
    Parabéns pelo trabalho e competência ! Os resultados no domingo foram emocionantes !

    Um grande abraço

    Receba meu carinho e admiração pelo seu excelente trabalho ,
    Bjs
    Ju

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