Vôlei e a competição
A competição é um assunto bastante discutido na educação infantil, pois remete a perguntas e
pensamentos do tipo: “Será que vai influenciar de maneira positiva ou negativa no meu filho?’’,
ou: “A competição realmente é saudável para as crianças?’’.
Apesar de a competição fazer parte do cotidiano de certa forma, ela também pode (e deve) ser elaborada
pelos professores e parceiros de time. Competir é arriscar, é ser
desafiado(a), é desafiar o outro, é perder e aceitar, é ganhar e ser humilde para receber os
méritos; e é entender que, para um vencer, o outro precisa perder. E não é assim que funciona?
É incrível a capacidade infantil de se adaptar ao meio e à situação que
são expostas desde que se sintam seguras – e mais incrível ainda é conseguir fazer tudo isso brincando.
Quando a criança é estimulada a “mostrar suas garras” dentro de
parâmetros competitivos bem orientados, ela tem a chance de interagir melhor com os colegas, de sentir o frio
na barriga da competição. Pode ainda extrair o melhor de si e de quem está ao seu lado e, quem sabe,
sentir o gosto de vencer ou… aquele que não é tão bom assim, que é aquele azedinho de
perder.
Se impõe, então, a seguinte pergunta: qual o significado mais profundo de uma derrota?
Perde-se tudo? Ou, a depender de como é trabalhada, ela poderá efetivamente servir de aprendizagens?
Neste sentido, não haveria, mesmo perdendo um resultado, uma vitória em outro sentido?
Sabemos que o azedo das derrotas, afinal, costumam preparar para… o gostinho doce da vitória!
(Sara Marinho e Luana Bouzon)