A infância como imagem
Propomos chamar de segunda infância a temporalidade na qual as crianças podem criar o elemento infantil brincando. É o momento em que exercem a liberdade ficcional, a curiosidade apaixonada e ardente, a criatividade imaginariamente simbólica. Criam e são criadas pela experiência do infantil que acontece ao brincarem; neste sentido, o ato de brincar cria o espelho e o infantil da infância.
Nesse momento vibrante e vivaz do acontecer cênico infantil que a criança produz à medida que brinca, se o que monopoliza seu pensamento não é a magia da novidade criada quando ela se lança e abre as portas para brincar, mas a reação em cadeia de estímulos visuais maníacos e falsamente reais, a lógica que opera é a da exclusão. As crianças se excluem no ‘seu ‘ mundo, nessa linguagem adulta-infantil da tecnologia digital-virtual que, em alguns casos, chega até a fragmentá-las e aliená-las. Nessa caminhada, a infância transcorre na dialética ‘eletrônica-infantil’ proposta, oferecida e consumida pelo mundo globalizado. Caberia perguntar-se quais as marcas e os efeitos que essas lógicas linearmene excludentes deixam no universo infantil”.
(…) Se levada ao extremo, a lógica da exclusão pela tecnologia digital-informática de vídeo inutiliza a entrada em cena do corpo e a sensibilidade das descobertas da criança, que precisamente abrem, ampliam, e geram o universo infantil. O ato de brincar como apropriação subjetiva fica questionado por essa lógica.”
[Adaptado de ‘Rumo a uma infância virtual?‘ – Esteban Levin, 2006]Compartilhe essa história!
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muito bom, rodrigo!
bjos
Legal!