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A Infância como Referência

Entregar-se às crianças, solicitar a ajuda delas, não é fácil. É um difícil compromisso, um risco notável, porque as crianças são exigentes e não podem ser enganadas. Só podem entregar-se às crianças aqueles que acreditam que valha a pena e que não existem soluções melhores e mais seguras para sair das contradições de nossa vida contemporânea.

É conveniente, pois, para todos os que estão sinceramente insatisfeitos com a situação atual: para os pais que percebem que não é suficiente o bem-estar econômico para viver uma boa relação com os filhos; para os professores que não sabem resignar-se com uma escola não amada e muitas vezes recusada por seus alunos; para os administradores que não podem aceitar uma cidade na qual não se vêem crianças, velhos e portadores de deficiências nas ruas, porque estas foram transformadas em propriedades particulares pelos adultos motoristas. Para todos eles, trabalhar com as crianças é um recurso relevante e altamente inovador, que pode reconstruir a esperança para o futuro e a vontade corajosa de realizar a mudança. (…)

Mas será que vale a pena? Quanto custa direcionar para as crianças a atenção e o interesse da cidade? Quanto custa investir na infância? Quem deu a resposta foi Kofi Hannan, no dia 8 de Maio de 2002, em Nova York, abrindo a Sessão Especial da ONU para a infância: “Como poderemos falhar, sobretudo agora, sabendo que cada dólar investido para melhorar as condições da infância tem um retorno para toda a sociedade de nada mais nada menos do que 7 dólares?

(Francesco Tonucci. “Quando as crianças dizem: Agora chega!”, 2005)

Aquele abraço, saudações esportivas

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