Copa Futsal 2015: Resultados das Finais
[Bósnia: Vice-Campeã com valentia] |
[EUA: No limite] |
Mas… o Paraguai não se entregava e Câncio, que fez ótima partida, matou no peito com categoria e explodiu nosso travessão. Foi aí que, a meu ver, cometemos pecado mortal: no lugar de manter a proposta de ‘entregar’ a bola para o adversário e marcar atrás da linha média, fomos sair jogando na hora errada, desequilibrados; Felipe Menezes roubou a bola pela esquerda, a equipe saiu toda em cima dele – aí surge o passe para a segunda trave e novamente Câncio aparece, desta vez para empurrar para as redes e decretar a decisão por penalidades.
[Costa Rica: invicta, mas fora da final] |
E aí… é aquele misto de competência, talento, sangue frio, sorte… não consigo enxergar uma decisão por pênaltis sem todos estes componentes. O fato é que o Paraguai venceu e, com méritos, partiu para a disputa da grande final contra a Argentina.
Argentina 1×5 Paraguai:
Estranho, este esporte. Não havia como prever um placar assim, numa disputa entre dois times tão parelhos em final de campeonato. A Argentina tinha em suas maiores qualidades a consistência e um padrão de jogo invejáveis – aliando força para defender e velocidade para ir ao ataque. Normalmente é um time que corre poucos riscos. O Paraguai, a meu ver, não apresentava tanto padrão, mas contava com uma equipe mais leve e habilidosa – com um jogador acima da média: Felipe Menezes, que simplesmente desencantou na final. Contou, além disso com coadjuvantes que deram o suporte necessário para os gols acontecerem. E foram acontecendo, um após o outro. Quando demos conta, já estava 3×0 no placar.
Mas nós temos um combinado: ganhando de três ou perdendo de três, temos o compromisso de, como dizemos, ‘jogar até o final‘. Isso é quase um mantra no Chutebol, pois é o que dá a sensação de dignidade na partida. E assim fez a Argentina: passado o susto, voltou à carga, fez 3×1 e endureceu o jogo. Levamos o quarto, tivemos uma chance incrível para fazer o segundo e tentar alguma coisa no desespero mas, com o time todo lançado ao ataque, sobraram espaços na defesa que o Paraguai não perdoou: marcou o derradeiro e, com toda justiça, festejou o título da Copinha. À Argentina, Vice-Campeã, coube um dos ensinamentos mais duros do futebol: uma queda acentuada, um tombo, de uma equipe acostumada a ser campeã poder levar uma goleada, numa final. Mas estamos, todos, muito orgulhosos da campanha dessa molecada – todos muito comprometidos e solidários.
[Argentina: Vice-campeã com ótima campanha. Paraguai, do prof. Airton: campeão incontestável] |
Bósnia 3×1 Holanda:
Este jogo tinha um ingrediente especial: o adversário havia nos vencido, na fase de classificação, por 4×1. Ainda estávamos acertando a equipe, cometemos algumas falhas bobas no primeiro jogo. No entanto, no decorrer do torneio, a Bósnia foi encorpando, vencendo as partidas, ganhando confiança. Sabíamos que a Holanda era mais habilidosa do que nós, então resolvemos apostar numa forte marcação a partir da linha do meio da quadra – e deu certo! A cada bola roubada, a cada disputa que nos impúnhamos, crescíamos na partida. Foi assim que abrimos 2×0, com gols de Pedro Pereira e João Victor. O jogo ficou neste tom, e pude perceber uma certa incredulidade da equipe adversária, talvez não contando com essa surpresa de uma Bósnia tão compacta e determinada. No segundo tempo levamos um gol (o time deles era muito bom mesmo) mas, ao final, fechamos o placar e, merecidamente, passamos às finais. Foi uma bela exibição, individual e coletiva!
Bósnia 2×3 França:
Então chegamos à final. Literalmente: seria a última partida de toda a competição neste ano. O adversário era simplesmente uma máquina de fazer gols: tinha feito 21 nas cinco partidas anteriores. Qual seria nossa estratégia? A mesma da semi – e estava dando tudo certo! Novamente abrimos 2×0. Novamente, contamos com a sorte e com belas defesas de Antonio Lacombe. Novamente a defesa se portava compacta; Diogo Mattos levava o time à frente, Felipe Miranda e Felipe Ripper ganhavam as divididas, a atuação individual e coletiva nos enchia os olhos! Faltavam menos de cinco minutos para o fim da partida – e vencíamos aquela máquina de fazer gols por dois a zero. Mas aí… aí… aí pra mim aconteceu de tudo um pouco: a França fez, simplesmente, três gols em menos de dois minutos e virou. Ninguém entendeu nada. O treinador tentou segurar as pontas. Os jogadores, sem entender o que estava se passando, também. Não se entregaram.
Mas o que aconteceu? Consigo pensar em algumas coisas: a França passou a acertar, como um relâmpago, tudo o que não estava acertando; a Bósnia, após sofrer o primeiro gol, não suportou a pressão adversária; um pouco de sorte resolveu soprar para o outro lado… Mas nada disso me convencia. Ao final da partida, me dei conta: os jogadores estavam extenuados. Haviam acabado de jogar uma semifinal, da mesma maneira: correndo atrás do adversário. Este é um risco das equipes que jogam com marcação intensa. Não respiram. É uma entrega total para ter sucesso. E assim fizeram. E assim, estava dando certo. Da maneira como vejo, a equipe cansou. Não tinha mais pernas, e foi fatal: todos os gols que levamos, naquele flash temporal, foram de fora da área, justamente na zona intermediária de nossa quadra, no único e pequeníssimo espaço que oferecíamos entre a defesa e o ataque de nosso time. Ali, daquela região, quando faltou um décimo de segundo para o pé de nossos defensores disputar a bola, eles simplesmente acertaram três (!) chutaços no pé da trave! Que fazer? Finda a partida, França campeã. Bósnia, Vice-Campeã. Foi justo?
Aquele abraço, saudações esportivas
Caro Rodrigo,
Chegamos ao fim de mais um ano, obrigado pelo seu empenho, profissionalismo e acima de tudo, sensibilidade. O seu blog é sempre uma fonte de boas vibrações, questionamentos e ensinamentos para todos.
Espero que a gente siga em frente ano que vem com todo gás.
Forte abraço!
JB
Com certeza! Campanha linda!!! Parabéns mais uma vez para essa equipe maravilhosa!!
Agradecemos por todo o trabalho desenvolvido, pela dedicacao e pelo carinho !
Excelente, Rodrigo!
Doloroso mas educativo.
Um forte abraço
Ô! E como…
abraço!
Só sei que emoções eu vivi!!! E muitas!!! Claro que a expectativa é pela vitória. A frustração imediata e a "dor" pela expressão dos nossos meninos é grande. Depois, como ouvimos por aqui, é vida que segue. E segue bem, todos prontos e dispostos para o próximo desafio!!
Parabéns mais uma vez para essa garotada que veste e sua a camisa com garra e orgulho, e a equipe do chutebol que com maestria, dedicação e carinho caminha lado a lado destes meninos acolhendo as dores das derrotas mas não sem apontar para os ganhos das mesmas!!
Mais uma vez valeu!!!
Andréa mãe do Heitor
Só sei que emoções eu vivi!!! E muitas!!! Claro que a expectativa é pela vitória. A frustração imediata e a "dor" pela expressão dos nossos meninos é grande. Depois, como ouvimos por aqui, é vida que segue. E segue bem, todos prontos e dispostos para o próximo desafio!!
Parabéns mais uma vez para essa garotada que veste e sua a camisa com garra e orgulho, e a equipe do chutebol que com maestria, dedicação e carinho caminha lado a lado destes meninos acolhendo as dores das derrotas mas não sem apontar para os ganhos das mesmas!!
Mais uma vez valeu!!!
Andréa mãe do Heitor
Isso aí! Valeu!
Isso aí! Valeu!
Abraços e parabéns novamente pelo torneio desse ano. Todos os times do Militar que vi jogando estavam muito bem distribuídos e contando com a participação de todos os meninos.
Legal cara e vamos em frente…
Salve, Ramiro!
Cara, muito bom receber estas palavras de um cara que acompanha futebol como você!
E o Lucas estava certo: ele pegou 2 pênaltis, tínhamos que ter passado…
Grande abraço!
Bola pra frente, valeu a força!