“Eles passam o ano inteiro esperando esse momento”, explicou o motorista que leva um grupo de alunos às aulas. Balancei a cabeça e entrei em quadra, ao mesmo tempo em que acompanhava, com os olhos, a correria daqueles meninos e meninas.

O momento ao qual o rapaz – amigo de longa data da escolinha – se referia era justamente esse: o final de ano, em que familiares e amigos são convidados pra jogar junto, a quadra fica liberada para uma grande celebração, digamos, da alegria de jogar bola.

Naquele pequeno espaço de tempo, me dei conta, ainda e sempre, da necessidade de dar atenção às coisas simples.

Digo, o momento de liberar a quadra para todo mundo jogar não é dos mais difíceis; os treinos já foram feitos, os campeonatos disputados, choros e risos passados, taças erguidas, planejamento pedagógico cumprido direitinho, parabéns, professores!

A pergunta que me vem à cabeça: o que é tão importante, no momento de ‘jogar sem valer’, em que não há ponto ou taça ou torcida? O que aguardavam, tanto, aqueles meninos? E outros, e outras, com seus olhares e perguntas “posso chamar fulano, posso chamar sicrana??” – para, a cada polegar apontando para o alto que eu fazia, sair em correria convocando um familiar ou um amigo?

Imaginei que seria apenas… jogar junto. Para ganhar, para perder, correr, suar. Muitos se aborrecem quando o pai ou a mãe erram, levam frango, fazem cara feia – mas não é assim, a vida?

Talvez seja isso: convocar pessoas amadas a se mostrarem, em quadra, como são.

No jogo, como  na vida.

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Que ano especial para nós! Completamos 18 anos de muitos gols, alegrias e travessias, sempre, sempre, juntos!

O Chutebol agradece o apoio e a torcida apaixonada de nossos papais e mamães, amigos e amigas, e toma tanto carinho como combustível para jogar, cada vez mais, com o coração batendo lá em cima!! Obrigado!

Aquele abraço, saudações esportivas e Boas Festas!

Feliz 2020!