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A brincadeira é criação

Caros(as),
O blog Chutebol traz o Menino Maluquinho, representante legítimo da alegria para lembrar, através de um texto do psicomotricista Bernard Aucouturier, que a brincadeira infantil cumpre mais que importante função psíquica. O brincar pode ser considerado uma atividade natural, sim, é próprio da infância e – por que não? – da vida adulta saudável. Então, perguntamos: como se apresenta o brincar infantil neste século XXI? Todas as crianças são necessariamente espontâneas? Boa leitura!
“As atividades lúdicas facultam à criança a possibilidade de expressar uma verdadeira ‘necessidade’ de traduzir a pulsionalidade do afeto e de dar-lhe forma: o brincar, ato criador, dá forma aos conteúdos inconscientes (…). A brincadeira é prazer de encenar representações inconscientes.
(…) Mas não podemos esquecer que o corpo é o primeiro ‘material’ utilizado pela criança para criar. (…) A brincadeira reconcilia a criança com ela mesma e, ao mesmo tempo, com os outros, pois estimula o encontro, as trocas autênticas entre as crianças, a partir de suas experiências afetivas mais longínquas, independentemente de sua origem ou cultura. A brincadeira é fonte de escuta e de compreensão sensível do Outro.
(…) Contudo, nem todas as crianças são espontaneamente criativas: algumas devem ser ajudadas, oferecendo-lhes uma área de segurança afetiva em que possam, aos poucos, expressar-se livremente, reconciliar-se com suas experiências afetivas mais ou menos dolorosas e relacionar suas angústias aos processos de reasseguramento.
O educador é aquele que sabe dinamizar o prazer de criar, quando ele mesmo brinca com os materiais culturais que utiliza em sua pedagogia, para o crescimento psicológico das crianças.”
[Adaptado de ‘A brincadeira é criação’ – O Método Aucouturrier, de Bernard Aucouturier, 2004]

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