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Alongamentos

Caros (as),

Publicamos texto esclarecedor do nosso professor Gustavo Lopes, o Gus, sobre antigas práticas de alongamento no futsal infanto-juvenil – e aquilo que é mais aceito atualmente:

“Até os anos 90, quando comecei a praticar futsal e futebol nas escolinhas e equipes de clubes do Rio de Janeiro, o alongamento era um ato obrigatório na fase inicial de qualquer sessão de treinamento. Formar um círculo e, sentado ou em pé, repetir os exercícios de extensão e flexão que eram propostos pelo professor era quase um ritual religioso. A justificativa era a prevenção de possíveis lesões.

Muitas pesquisas, no entanto, têm sido feitas desde então – e o que era verdade absoluta tornou-se um debate multidisciplinar entre professores de educação física, fisioterapeutas, fisiologistas, ortopedistas e cientistas do esporte.

Assim, os estudos realizados nos últimos vinte anos não comprovaram qualquer eficácia desse tipo de alongamento na prevenção de lesões como estiramentos ou dores articulares. Sugeriram inclusive que, para determinadas modalidades esportivas onde força e potência são primordiais, o alongamento estático pode ser fator prejudicial ao desempenho.

Isso se deve ao fato de o músculo alongado ficar menos reativo, demorando mais no processo de contração muscular e assim gerando menos força e potência para o praticante.

A evidência das pesquisas é de que o aquecimento, esse sim, é fator primordial para a melhora da performance esportiva e prevenção de lesões. Tal procedimento deve simular ao máximo as ações repetidas no jogo em si, aumentando a temperatura corporal e consequentemente a capacidade de captação de oxigênio pelo músculo.

Quanto mais oxigênio for transportado dos pulmões para os músculos, durante uma atividade esportiva, maior será a resistência aeróbia do indivíduo.

Seguindo esse conceito, o alongamento em movimento, também chamado de alongamento dinâmico, é o mais recomendado para uma aula de futsal. Além das contribuições citadas acima, ele envia aos músculos uma mensagem ativadora, proveniente do cérebro, instigando-os no sentido dos movimentos corporais próprios do jogo.

Para saber se os processos de aquecimento e alongamento dinâmico foram realizados de forma eficaz, podemos ter como base o simples início da sudorese.”

Gustavo Lopes

Preparador Físico / Pós Graduado em Ciências do Futebol EEFD-UFRJ

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